Sevilha, Shakthar, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Malmo, Wolsburgo, Atalanta também não venceram os seus jogos.
O que poderá ter influenciado tantas surpresas após os jogos da Liga dos Campeões? Cansaço físico? Desgaste emocional? Algum relaxe por serem jogos de menor grau de dificuldade? Equipas mais bem preparadas?
Sinceramente, numa fase inicial da época não acredito no desgaste físico: Algumas equipas até tinham jogado em casa na jornada interna anterior aos jogos da Liga dos Campeões e, se estivermos atentos nos 11 iniciais, não houve praticamente mudanças, portanto, para os seus treinadores, os jogadores estariam bem fisicamente. E quem assistiu a algum jogo destas equipas viu que a intensidade foi alta.
Desgaste emocional? Acredito que foi a principal causa, sendo a Liga dos Campeões a competição mais importante, com mais visibilidade, onde todos querem estar ao mais alto nível, é natural que nesses jogos os jogadores estejam mentalmente mais focados, concentrados naquilo que tem que fazer dentro do campo durante 90 minutos porque um erro na Liga dos Campeões é sinónimo de golo para o adversário.
São vários sentimentos que o jogador tem durante 90 minutos: Concentração, ansiedade, raiva, fadiga, tensão, frustração e após 3 dias, voltar a jogar com o mesmo nível mental é quase impossível, porque a competição é diferente, o adversário menos apelativo e, embora a disponibilidade física esteja lá, os erros de decisão, que se viram, têm mais a ver com a fadiga mental.
Existe sempre o discurso de fora, que os jogadores são profissionais e que têm de estar preparados para jogar... mas isso é esquecer que os jogadores não passam de humanos, como o comum mortal. E basta pensar, só, no cansaço mental que sentimos no nosso dia a dia, especialmente ao final do dia ou com trabalhos de rotinas constantes e exigentes.
Texto por João Prates
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